A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) publicou nesta segunda-feira (24.5) a Portaria nº 70, que reabre, a partir da sexta-feira (28.5) sete equipamentos culturais que estão sob a sua gestão. São eles: Museu Nacional da República (MuN); Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC); Panteão da Pátria; Espaço Lúcio Costa; Museu da Cidade (os três formam o Centro Cultural Três Poderes (CC3P); duas galerias do Espaço Cultural Renato Russo (ECRR) e o Museu de Arte de Brasília (MAB), este último retornando à visitação pública depois de 14 anos fechado.

O Memorial dos Povos Indígenas (MPI), por estar em reforma, vai permanecer fechado até a conclusão da obra.

O Museu do Catetinho, por não apresentar condições mínimas de funcionamento dentro dos aspectos de segurança do Protocolo COVID-19 e estar em reforma, também segue fechado.

O Espaço Cultural Renato Russo sé terá as duas galerias do piso principal em funcionamento. Os demais espaços permanecem fechados.

A Concha Acústica está autorizada a receber visitantes, desde que seja realizada exposição de arte em seu interior, ou que seja concedida autorização especial.

Os parques do Museu do Catetinho e do Museu Vivo da Memória Candanga seguem fechados.

?Os museus abrem as suas portas de forma segura e sem riscos de aglomerações, tornando-se alternativas prudentes de experiência artística para a população?, aponta o secretário, Bartolomeu Rodrigues.

Conheça a Portaria

Portaria 70

ROTA SEGURA

Seguindo todos os protocolos de segurança previstos pelas autoridades sanitárias, os equipamentos reabrem, em sua maioria, após quase três meses fechados devido ao segundo período de quarentena para evitar a disseminação da pandemia. Para reabrirem, esses espaços passaram por um rigoroso processo de limpeza e sinalização de segurança, respeitando as medidas sanitárias necessárias para proteger servidores e visitantes da Covid-19.

Os espaços voltam a propor um diversificado circuito artístico. Confira o roteiro de cada um:

Panteão da Pátria


CENTRO CULTURAL TRÊS PODERES (CC3P)

O gerente interino do CC3P, Ricardo Almeida destaca sua satisfação em reabrir os espaços para a população, com as medidas de segurança cabíveis. ?Convidamos todos a conhecerem nossos espaços e conhecer mais sobre a história de Brasília, da democracia e dos heróis nacionais?, reforça.

Panteão da Pátria ? Dentre as atrações em cartaz, o espaço cultural localizado no coração de Brasília reabre com a exposição sobre a vida e trajetória política de Tancredo Neves, além do ?Livro de Aço dos Heróis da Pátria?, o ?Mural da Liberdade de Athos Bulcão?. O público ainda vai conferir o painel ?Inconfidência Mineira?, de João Câmara, e o vitral de Marianne Peretti.

Espaço Lúcio Costa ? O museu retoma com exposição sobre o ?Plano Piloto de Brasília?, projetado pelo urbanista Lúcio Costa. Como uma verdadeira viagem ao tempo, o visitante tem acesso a fotos e informações históricas, além de uma grande maquete da capital federal.

Museu da Cidade ? Museu traz a sua exposição permanente, com frases talhadas no mármore branco que contam a história de interiorização da capital federal, desde o século XVIII até sua inauguração.

Regras de Visitação CC3P:

Período: sexta a domingo, das 9h às 15h.

Lotação do salão: Panteão da Pátria, 20 pessoas; Espaço Lucio Costa, 10; e Museu da Cidade, cinco.

Completada a capacidade, será formada fila de espera.

Observação: obrigatórios o uso de máscara e propé no carpete. Será feita medição de temperatura e disponibilizado álcool em gel. Telefone para dúvidas: (61) 98355-9870 (WhatsApp).

?Poeira, Lona e Concreto?


MUSEU VIVO DA MEMÓRIA CANDANGA

A gerente do MVMC, Eliane Falcão, celebra a reabertura com a esperança de que em breve tudo possa voltar ao expediente normal. ?O Museu Vivo é a morada dos pioneiros da nossa capital. Será mais uma alternativa de passeio cultural possível?, declarou a gerente do espaço.

O Museu Vivo da Memória Candanga reabre suas portas com duas exposições:

?Poeira, Lona e Concreto? ? Com acervo composto pelas edificações históricas, peças, objetos e fotos da época da construção de Brasília, a exposição permanente narra a história da cidade, desde os projetos até a inauguração em 1960.

?Cerrado de Pau de Pedro? ? Esculturas de madeira que remetem ao olhar e ao amor pelo bioma cerrado visto pelo artista Seu Pedro. A mostra permanente homenageia o artista popular, Seu Pedro de Oliveira Barros, e reúne peças feitas com madeiras recolhidas no cerrado.

Regras de visitação:

Período: sexta a domingo, das 10h às 16h, somente para dois salões expositivos. O parque permanece fechado.

Lotação do salão: 10 pessoas por salão. Completada a capacidade, será formada fila de espera.

Observação: obrigatório o uso de máscara. Será feita medição de temperatura e disponibilizado álcool em gel.

Telefone para dúvidas:(61) 3301-3590

ESPAÇO CULTURAL RENATO RUSSO

À frente do ECRR, o gerente Renato Santos revela a expectativa de reabertura do espaço que, diferentemente da maioria dos museus, está com as portas fechadas desde março de 2020. ?Temos um cronograma extenso de exposições de excelente qualidade represadas e temos certeza de que o público ficará satisfeito ao nos visitar?, celebra o gestor.

Localizado na Quadra 508 Sul, o Espaço Cultural Renato Russo reabrirá duas de suas galerias expositivas, são elas: Rubem Valentim com a mostra ?Mulheres à Margem? e Parangolé com ?Anônimos?.

Mulheres à Margem: Com seis artistas mulheres, cada uma desenvolveu uma linguagem própria para lidar com questões femininas dentro da sociedade e como por meio da arte há o alcance às questões profundas e caras.

Anônimos: A mostra traz série fotográfica de Armando Salmito. Por meio do olhar do artista, a exposição trata da paisagem, existência e urbanidade, tendo como plano de fundo a cidade de Nova Iorque, situada na Galeria Parangolé.

Regras de visitação:

Período: sexta a domingo, das 10h às 16h.

Lotação: Galeria Rubem Valentim: 14 visitantes. Galeria Parangolé: sete visitantes. Dentro das galerias, o distanciamento é de 9m² de distância entre visitantes. Completada a capacidade, será formada fila de espera

Observação: Obrigatório o uso de máscara. Será feita medição de temperatura e disponibilizado álcool em gel.

Telefone para dúvidas: (61) 98503-9728 (WhatsApp)

MUSEU NACIONAL DA REPÚBLICA

O Museu Nacional preparou novas exposições para sua reabertura. O público poderá conferir mostras inéditas como: Alex Vallauri, no expositivo principal; Marcos Amaro, no mezanino; Marçal Athayde, na galeria térreo; e Suyan de Mattos, na Sala 2.

Outra grande novidade é que o Museu também passou por uma pequena reforma.

?Nós desmontamos a galeria acervo para recuperar a arquitetura original do prédio. Agora, podemos ver o mezanino suspenso por tirantes, sem nenhum pilar, como no projeto original de Oscar Niemeyer. O contato direto com as obras de arte e com o prédio do Museu é algo que queremos incentivar com atenção à saúde coletiva,?, destaca a diretora do espaço, Sara Seilert.

?Decifra-me ou Te Devoro ? O Enigma da Cidade? ? Do maranhense Marçal Athayde. Traz a produção recente de telas e esculturas do artista radicado no Rio de Janeiro. Reúne 32 obras que abordam as relações e tensões entre o sujeito e a cidade.

Alex Vallauri ? Retrata por meio de andaimes verdes e tapumes intercalados, uma invasão urbana no ambiente expositivo tradicional e patrimonial. São cartazes, obras, estruturas, andaimes, ruídos estênceis. A cidade está em constante transformação neste exato segundo. A combinação de experiências e ações espontâneas que compõem contextos urbanos.

?O Poço? ? Do artista Marcos Amaro, é o segundo ato do projeto ?Ontologias?, um estudo experimental expandido, cujo conceito parte principalmente da interpretação filosófica da natureza do ser, da existência e da realidade. Além de um conjunto de cinco desenhos, ?O Poço? traz como peça central uma obra homônima, que traz no fundo de sua estrutura um espelho.

Suyan de Mattos ? O público poderá enxergar que a dor é subjetiva, complexa e difícil de definir. Há 10 anos a artista adoeceu e passou a sentir dor diariamente. A partir de então, mudou a sua linguagem artística, da pintura para o bordado, por não conseguir mais pintar o grande, e pintar o pequeno não mais a satisfazia e não mais a atraía. O bordado passou a significar ativar e misturar suas experiências de vida para produzir um padrão individual, único e inimitável, e ela passou a ser a bordadeira do próprio destino.

Regras de visitação:

Período: sexta a domingo, das 10h às 16h.

Lotação do salão: 30 pessoas. Completada a capacidade, será formada fila de espera.

Observação: obrigatórios o uso de máscara e propé no carpete. Será feita medição de temperatura e disponibilizado álcool em gel. Telefone para dúvidas: (61) 3325-5220.

MUSEU DE ARTE DE BRASÌLIA (MAB)

Com prédio entregue á população em 21 de abril de 2021, aniversário de 61 anos de Brasília, o Museu de Arte de Brasília (MAB) volta a receber o público depois de 14 anos fechado. Nesse momento, a ocupação artística será hall, pilotis e área externa do Museu, com mostra fotográfica de Orlando Brito (pilotis), gravuras de Tarsila do Amaral (hall) e esculturas que ocupam o Jardim do MAB.

?Desde a fundação do MAB, as diferentes gestões que se sucederam desejaram ou tentaram criar um Parque de Esculturas na região do museu, ideia que se materializou nessa reabertura. O Parque foca na produção de autores de Brasília que demonstram diferentes aspectos da produção dessa forma de arte na capital?, destaca o gerente Marcelo Gonczarowska.

Leia nesta terça-feira (25.5) matéria especial sobre a reabertura do MAB

Regras de visitação:

Visitação: de quartas a segundas-feiras, de 9h a 21h. Fechado às terças-feiras.

Capacidade: Pilotis (140 pessoas); hall (15).

Observação: uso de máscara, controle de temperatura e espaçamento entre as pessoas; álcool gel disponível

Informações e agendamento de visitas guiadas para grupos: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Em todos os espações museológicos da Secec, a recomendação é para que o visitante não toque na superfície das obras de arte, mesmo aquelas que estão ao ar livre e tenham concepção interativa.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF

Fotos: Divulgação