De 21 de outubro de 2025 a 18 de janeiro de 2026, a CAIXA Cultural Brasília apresenta a exposição "Nossos Brasis – entre o sonho e a realidade", que revisita 100 anos de produção artística no país.
Entre pinturas, esculturas, tapeçarias, fotografias, instalações e objetos, a mostra reúne 79 obras de 50 artistas consagrados, tais como Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Candido Portinari, Volpi, Heitor dos Prazeres, Beatriz Milhazes, Arthur Bispo do Rosário, Vik Muniz, Ernesto Neto, Rosana Paulino, O Bastardo e Denilson Baniwa. As visitas podem ser feitas de terça a domingo, das 9h às 21h, com entrada gratuita e classificação indicativa livre.
A mostra está dividida em três núcleos:
● Vozes dos Trópicos: o núcleo se debruça sobre o imaginário que moldou a ideia de Brasil como paraíso exótico e exuberante, mas atravessado por tensões entre natureza e colonização, beleza e violência, mito e crítica. Obras de Tarsila do Amaral, Burle Marx, Beatriz Milhazes, Lygia Pape, Hélio Oiticica, Glauco Rodrigues, Denilson Baniwa, Ernesto Neto, Adriana Varejão, Rosana Paulino e outros conduzem o visitante a paisagens fabulosas e símbolos ancestrais, compondo um Brasil vibrante, colorido e solar.
● Vozes da Rua: apresenta o Brasil popular em sua força criativa, onde a arte se inspira no compasso da rua, das festas e dos gestos cotidianos. Obras de Di Cavalcanti, Heitor dos Prazeres, Djanira, Volpi, Portinari, Beatriz Milhazes e outros retratam celebrações e rituais, revelando uma estética nascida da coletividade e da cultura que molda nossa identidade visual.
● Vozes do Silêncio: aborda a outra face do Brasil, das questões psicológicas e íntimas, onde memória, espiritualidade e dor se transformam em criatividade. Maria Auxiliadora, Arthur Bispo do Rosário, Ismael Nery, Maria Lídia Magliani, Farnese de Andrade, Flávio Cerqueira, Vik Muniz e Nelson Leirner, entre outros, exploram corpo, fé, luto e exclusão como territórios poéticos, revelando dimensões invisíveis da experiência brasileira.
Mais que um recorte histórico, "Nossos Brasis – entre o sonho e a realidade" constrói um mosaico de linguagens e visões sobre o país. O arco temporal vai dos modernistas da década de 1920 a artistas emergentes da década de 2020, criando diálogos que materializam as muitas ideias de brasilidade. "Dividido em grupos temáticos que não estabelecem dogmas, mas flertam com nosso imaginário, o conjunto de obras traz nomes consagrados, representantes da vastidão de estilos própria de um território igualmente amplo, criando relações transversais que ultrapassam limites imagéticos. São 100 anos de arte nacional representados por 50 artistas, criando um conjunto eclético e abrangente, que não tem a pretensão de esgotar a nossa vigorosa produção artística, mas apontar alguns caminhos trilhados", explica a curadora Denise Mattar.
Olhares que conduzem a mostra
À frente da curadoria está Denise Mattar, paulista, crítica de arte e uma das mais respeitadas curadoras do país. Atuou em instituições como o Museu da Casa Brasileira (SP), o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e o Museu de Arte Moderna de São Paulo, além de assinar retrospectivas de Di Cavalcanti, Anita Malfatti, Portinari e Alfredo Volpi, várias premiadas pela Associação Paulista dos Críticos de Arte. Recentemente conduziu projetos de destaque como "Armorial 50" (CCBB) e "Di Cavalcanti - 125 anos" (Farol Santander), reafirmando seu papel como referência em exposições que unem rigor histórico e sensibilidade contemporânea.
A direção artística é de Rafael Dragaud, carioca, diretor, roteirista e produtor que marcou a TV Globo e o Globoplay com projetos como Falas Negras, Juliette - Você Nunca Esteve Sozinha e A Vida Depois do Tombo - Karol Conká. Também assinou especiais musicais e documentários premiados, sempre buscando dar voz à diversidade e promover impacto social por meio da arte. Sua trajetória revela um fio condutor: transformar o entretenimento em ferramenta de reflexão e mudança.
Experiência ampliada
No dia 21 de outubro, às 19h, a abertura da exposição proporcionará uma visita guiada especial, conduzida pela curadora Denise Mattar. Durante a temporada na CAIXA Cultural Brasília, estão previstas oficinas profissionalizantes em comunidades, ampliando o alcance da mostra e reforçando seu caráter democrático.
"Nossos Brasis – entre o sonho e a realidade" também contará com recursos de acessibilidade, incluindo audiodescrição, tradução em Libras e materiais táteis, garantindo que diferentes públicos possam vivenciar plenamente a experiência.
Todas as obras são provenientes de coleções particulares e das seguintes instituições: Associação Cultural Lygia Clark, Caixa Econômica Federal, Instituto de Estudos Brasileiros da USP, Instituto Rubens Gerchman, Museu Afro Brasil Emanoel Araújo, Museu Bispo do Rosário, Projeto Hélio Oiticica, Projeto Lygia Pape e Santander Brasil.
Serviço
Período: de 21 de outubro de 2025 a 18 de janeiro de 2026
Abertura: 21 de outubro de 2025, às 19h
Visitação: de terça a domingo, das 9h às 21h
Local: CAIXA Cultural Brasília
Endereço: SBS Quadra 4, Lotes 3/4, Brasília-DF
Classificação Indicativa: livre
Entrada gratuita
Estacionamento gratuito: aos finais de semana e feriados, e de terça a sexta a partir das 18h
Acessibilidade: audiodescrição, Libras, materiais táteis e visitas mediadas
Patrocínio: CAIXA e Governo do Brasil
Informações: no perfil do Instagram ou no site da CAIXA Cultural Brasília
Fonte: Ascom Caixa Cultural Brasília







