Com seis exposições simultâneas no Museu Nacional da República e ativações em diversos pontos da Cidade, a Brasília Design Week 2025 é um convite para um mergulho criativo no design brasiliense e brasileiro como potência de transformação, estimulando o olhar sobre o passado, memória e futuro. As exposições ocupam o espaço até 20 de julho. Entre os dias 18 e 24 de junho, mais de 40 ações gratuitas no museu da Esplanada dos Ministérios e em diversos locais da capital do país como parte da programação da terceira edição da BDW 2025. São mostras, feiras, oficinas, rodas de conversa, desfiles e circuitos urbanos.

“A Brasília Design Week quer movimentar a cidade como um todo, com ativações acontecendo em vários pontos do Distrito Federal. Outro diferencial é a possibilidade dos designers, dos arquitetos, dos criativos participarem de cada uma dessas ações, sempre com interação com o público”, destaca Caetana Franarin, idealizadora e diretora geral da Brasília Design Week, este ano sob o tema “Memória, Design e Futuro”.

“No ano passado, mais de 20 mil pessoas visitaram a exposição e participaram dos circuitos e de todas as ações. A expectativa para 2025 é de um público ainda maior”, acrescenta Franarin.

Com raízes profundas na identidade cultural brasileira e olhos voltados para o futuro, o evento com entrada gratuita celebra a diversidade criativa do país, do artesanato ancestral à inovação em mobiliário, da arte indígena à tecnologia, da memória coletiva ao gesto contemporâneo. A BDW25 reforça o design como linguagem viva da brasilidade: inventiva, afetiva, sustentável e transformadora.

A exposição que conceitua a mostra de 2025, “Horizonte em Risco”, propõe uma reflexão urgente: que futuros queremos desenhar? Com curadoria de Nina Coimbra, apresenta objetos e mobiliário de design autoral de todo o território nacional que traduzem a nossa identidade e como ela dialoga com temas que permeiam e constroem nossos horizontes. Como o design risca novas paisagens, realidade e futuro. Estarão em exposição mesas, poltronas, esculturas, tapeçarias e cadeiras de designers locais e nacionais.

“Artesanato e Joias: Contornos do Amanhã” tem curadoria de Cris Malheiros e Pati Herzog e peças produzidas por artesãos do Distrito Federal e do Vale do Jequitinhonha. Em colaboração com a loja Paiol, a exposição celebra o fazer manual como herança cultural e força inventiva. São objetos que revelam a alma do Brasil: afeto, memória, gesto e reinvenção.

O elenco é formado por criadores que exploram as texturas do tempo e os contornos do amanhã, compondo uma criação manual como um ato de resistência e renovação. São eles: Raquel Gebrim (Brinco Folhas), Mariza Martins (Brinco Tentáculos), Jader Rodrigues (Cadeira Be), Fernanda Veras (Colar Cobra Coral), Joana VP (Colar Flor), Nazareth Pinheiro (Colar Pantoscorpo), Thais Fread (Colar Reina), Israel Hora (Colar Sobro de Barro), Luiza Nunes (Coleção Jaca), Daisy Barros (Meu Chão Meu Cerrado), Tunico Lages (Escrivaninha Piano), Anísia (Garrafa Rústica), Pati Herzog e Iraci Ribeiro (Luminária Brasil), Bruna Zanatta (Painel Aprodundamento), Maria Aparecida (Vaso Bico), Fluides Cerâmica (Vaso Dual) e Tereza (Varo Furo).

“Artes Visuais: Distopia, Fantasia e Futuros”, com curadoria de Flavia Rangel, é uma mostra de arte que tece poéticas visuais entre passado e presente, com obras que vão do século XX a artistas contemporâneos. A exposição propõe um olhar sensível sobre o tempo e suas camadas, costurando o design à arte com irreverência, crítica e imaginação. Entre os artistas convidados estão Daniele Rodrigues (Sem Título), Eduardo Moraes (Até Quando), Érico José (A Descrição das Doenças da Alma, Cena Traiçoeira, O Olhar Estrangeiro e Sonhos do Filho do Açougueiro), Rayza Mina (Noite Escura) e Valéria Pena (Gritinhos).

Dividida em três seções, a exposição se inicia pela Distopia que traz a influência de dois conceitos: a importância da negatividade presente na filosofia de Byung-Chul Han e os ensinamentos de Mário de Andrade de que o passado é lição para refletir. A segunda seção, que recebe o nome de Fantasia, se aproxima mais da psicanálise, entendendo a fantasia e a ludicidade como meios de proteção dos sujeitos que, de alguma forma, se esquivam de algumas lembranças e acabam por fazer uso de mecanismos criativos para inventar memórias e criar narrativas possíveis de serem acessadas. Por fim, a seção de Futuros é um convite à reflexão sobre a construção de narrativas futuras. Quem contará a nossa história?

A exposição “Moda e Sustentabilidade: UPCYCLING”, é o resultado das collabs da Trama Afetiva, de Jackson Araújo e Thais Losso, e Bia Specian, com designers de Brasília, como parte da programação da Brasília Design Week em maio. Coletivo Centopeia Têxtil (Diego da Silva, Niagara Tavares, Gia Dachi, Vitória Nedel e Rafaella Lacerda), Cia do Lacre (Adrane Piauí, Misa Tropicana e Ileny Costa), Designers sem coletivo (Bárbara Cardelino e Nasser Khalil).

Exposições convidadas

Sherwin-Williams apresenta “Viva Janete! O pensamento criativo da lendária Janete Costa e a valorização do Brasil”. A exposição é um tributo à arquiteta Janete Costa, designer que revolucionou o olhar sobre o popular, o artesanal e o moderno no Brasil. A exposição mergulha em seu pensamento criativo, conectando sua obra à valorização das raízes culturais brasileiras. A pernambucana será homenageada por meio da paleta Cores de Janete, uma coleção desenvolvida em parceria com Lúcia Santos, Mario Santos e Roberta Borsoi, filhos da artista, e com direção criativa do designer Rodrigo Ambrósio. Ao todo, são 12 tonalidades, sendo seis desenvolvidas exclusivamente para o tributo e outras seis a partir do catálogo da Sherwin-Williams.

“Há aqui uma mistura de tons quentes, terrosos e vibrantes que, além de remeterem ao artesanato e à cultura brasileira, traduzem a alegria e o aconchego dos lares do nosso país”, revela Patrícia Fecci, especialista em cores e gerente de marketing da Sherwin-Williams.

O resgate também é feito por meio dos traços marcantes no design de mobílias e objetos de Janete Costa, com a exposição de peças autorais, como Banco Rio, Chaise Lucia e Poltrona Cláudia.

Com correalização da Abimóvel, em parceria com a Apex Brasil, “Design + Indústria” é um dos destaques da edição deste ano. A mostra de mobiliário brasileiro, foi recém apresentada na DW Milão pela Associação Brasileira das Indústrias de Mobiliário (Abimóvel). Direto do circuito internacional para Brasília, a mostra exibe criações que traduzem sofisticação, inovação e identidade — peças que levam a assinatura do design nacional ao mundo.

“Mais do que uma exposição de mobiliário, a mostra Design + Indústria materializa os resultados de uma estratégia de longo prazo voltada ao estímulo da inovação, da sustentabilidade e da agregação de valor na indústria nacional”, explica a diretora-executiva da Abimóvel, Cândida Cervieri.

Nesse contexto, a mostra reúne criações autorais desenvolvidas por designers e fabricantes de móveis de diferentes partes do Brasil, conectados a partir do programa homônimo – Design + Indústria –, que atua a partir de uma lógica colaborativa que alia excelência produtiva, criatividade, responsabilidade socioambiental, além de diversidade e identidade nacional como diferenciais estratégicos. A iniciativa é parte do Projeto Brazilian Furniture, fomentando a competitividade e a internacionalização de marcas do setor.

Exposição parceira

“Quando o Imaginário e a Fé vão às Ruas”, mostra fotográfica de Bruno Jungmann, com curadoria de Gisele Lima e coordenação geral e expografia de Flávia Rangel. No Espaço Oscar Niemeyer até 30 de agosto.

Programação intensa e extensa

Além das exposições, a BDW25 conta com a participação de instituições de ensino superior através de trabalhos expostos no Museu Nacional da República e rodas de conversa envolvendo representantes da Universidade de Brasília (UnB), Instituto Federal de Brasília (IFB), Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB) e Universidade Católica de Brasília (UCB).

Com uma programação ainda mais diversificada neste ano, estão sendo realizadas diversas oficinas técnicas, troca de experiências com a Collab do Ateliê Texturas para aprendizado de criação de biomateriais, além de palestras e talks com profissionais renomados da arquitetura e do design como Bruno Faucz, Esther Schattan, Ana Neute e Sérgio Matos. E rodas de conversa com representantes da Adegraf, Adepro, Abradi e coletivos locais.

O circuito de lojas com curadoria do Grupo Metropolitano, galerias, embaixadas e ateliês leva o público a uma experiência imersiva com o design nos espaços urbanos, ativando a cidade como polo de criatividade, diversidade e inovação.

Circuito – Lojas, Galerias de Arte e Embaixadas

Acervo Mobília - Casa Domum – Trinkab - Hill House - Jader Almeida - Estúdio Bola - Sama Mobiliário - Atlas colchoes - Dane-se – Archademy - Loja Paiol – Tecnótica – Franccino - Área Pedras - Breeze Esquadrias –Breton - Casa Blanca - Cassio Veiga Casa – Dessine - Divino Galeria – Expoarte - Finitura Acabamentos - Objeto Casa - Insize - Imersão & Design – Kitchens - All Kitchens - Lazul Stones- Leila Bessa - Luanna Almeida - Mood Interiores -  Portobello Shop -  Primavera casa – Todeschini - Urban Arts - Vallori Acabamentos - Vise Portas - Embaixada de Portugal - Embaixada da Colômbia - Embaixada da Argentina - Embaixada do México - Embaixada da República Tcheca.

Sobre a BDW25

A Brasília Design Week 2025 é uma realização do Desponta Brasil e do Instituto Brasil de Economia Criativa. Neste ano o evento ganhou ainda mais potência com novas e relevantes parcerias.

A Sherwin-Williams, tinta oficial da BDW25, entende e acredita na importância da economia criativa e do design como movimento cultural. A edição, com a correalização da Abimóvel, em parceria com a Apex Brasil, reúne o Grupo Metropolitano, que se uniu à BDW25 para um exclusivo e especial circuito de lojas, além de agregar palestras à programação.

Também destacam-se como parceiros a Adepro, a Adegraf, a Abradi, o Sindveste, o Galpão Design, a Acervo Mobília, a Revista Traços, o Museu Niemeyer, Sebrae no DF, Sesc e Fecomércio-DF, por meio da Câmara de Economia Criativa. Apoio do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Sececdf) através do Museu Nacional da República, da Secretaria de Turismo (Setur), da Secretaria da Mulher (Secmulherdf) e da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Sectidf). Marco Zero é o bar e restaurante oficial do evento. HPlus, o hotel oficial.

A expografia no Museu Nacional da República é de Gero Tavares e Luiz Trombini.

Todos juntos para promover o design como expressão viva de Brasília e do Brasil: plural, potente e em constante movimento.

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SERVIÇO

Brasília Design Week (BDW25) – 3ª edição
Data: 
18 a 20 de julho, no Museu Nacional da República (18 de junho a 20 de julho, das 9h às 18h30) e em diversos pontos do DF.
Mais informações e informações sobre a programação: @bsbdesignweek

 

Fonte: Uma Comunicação
Fotos: Nina Quintana