O Hotel Nacional, no centro de Brasília, passará por uma reforma extensa a partir desta segunda-feira (27). O objetivo é modernizar o prédio e, ao mesmo tempo, preservar a história e as linhas modernistas que o tornaram célebre desde a inauguração, em 1961. Após cinco anos fechado, o icônico empreendimento da capital inicia uma nova fase que deve durar até três anos, com a promessa de resgatar o glamour e a relevância do espaço para o turismo local.
A obra será conduzida pelo consórcio Incorp Empreendimentos Imobiliários S.A., em parceria com o Grupo Hoteleiro Bittar e a Construtora Luner, responsáveis pela revitalização completa dos ambientes internos — apartamentos, restaurantes, salas de reunião, piscina e áreas de lazer. A fachada, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), será preservada como símbolo da arquitetura modernista que ajudou a moldar a identidade visual da cidade.
A proposta é devolver à capital um de seus marcos mais emblemáticos, unindo história, cultura e turismo em um mesmo espaço.
História e legado do Hotel Nacional
Inaugurado em 21 de abril de 1961, durante o primeiro aniversário de Brasília, o Hotel Nacional se tornou um marco da arquitetura e da hospitalidade modernista. Projetado com linhas leves e concreto aparente, o edifício refletia o espírito ousado da nova capital.
Nos anos 1960 e 1970, o hotel foi ponto de encontro de personalidades da política, da cultura e das artes. Por seus salões passaram presidentes, ministros e artistas de renome, em eventos que ajudaram a dar vida à jovem cidade. A colunista Liana Sabo, que viveu a efervescência do período, descreveu o espaço como “o coração social de Brasília”.
Entre os destaques da nova fase está o resgate de ícones históricos, como o tradicional Bar do Senadinho, símbolo da boemia elegante da capital, e a manutenção da estética original que compõe o conjunto urbanístico tombado de Brasília.
Mais do que um hotel, o HNB é parte do legado turístico e cultural da cidade, representando o diálogo entre a memória afetiva dos brasilienses e o futuro do turismo na capital federal.
Texto por João Lucas Santana
Confira fotos do projeto (Incorp/Divulgação) abaixo:







